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Enid Blyton

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Primeiros Anos

Enid Blyton nasceu a 11 de Agosto de 1897, em East Dulwich, Londres.
De 1907 a 1915 estudou na St. Christopher’s School, onde apreciava mais as actividades físicas bem como disciplinas de estudo, excepto matemática.
Era uma pianista talentosa, tal como o pai, que esperava que Enid seguisse a carreira musical, mas trocou a música pelo ensino primário. Ensinou durante 5 anos, escrevendo no seu tempo livre.
O seu primeiro livro, Child Whispers, foi publicado em 1922 e era uma colecção de poemas.
Em 1924, casa-se com Hugh Pollock, o seu primeiro marido e pai das suas duas filhas: Gillian Mary Baverstock e Imogen Mary Smallwood. Mudam-se da sua casa “Old Thatch” (telhados de colmo), em Bourn End, Buckinghamshire, para a sua casa “Green Hedges” (sugerido pelos seus leitores e está relacionado com as sebes verdes), em Beaconsfield.
Nos anos 30, sofreu uma crise espiritual e esteve tentada a converter-se à religião Católica. Não o fez porque a considerava demasiado restritiva e, por isso, assegurou que as suas filhas fossem baptizadas pela Igreja Anglicana.

Anjo ou Demónio?



O seu casamento entrou em dificuldades 15 anos depois, em 1939, e, por isso, Enid teve uma série de casos extra conjugais (é sempre mais fácil desistir). Em 1941 conheceu o Doutor Kenneth Darrel Waters. Divorciou-se de Hugh Pollock, e a 20 de Outubro de 1943 casou-se com o Doutor Kenneth Waters, que tinha conhecido dois anos antes. Este segundo casamento foi muito feliz.
Durante o processo de divórcio, Enid chantageou o seu primeiro marido para assumir a culpa dos casos extra conjugais que ela tinha tido e pela falha do casamento de ambos. Ela sabia que se assumisse tudo isto, teria a sua imagem pública muito afectada e, portanto, manipulou Hugh com o bem mais precioso que este tinha, as suas filhas.
Enid prometeu-lhe total acesso às filhas mas, depois do divórcio, proibiu-o de as ver e assegurou-se de que Hugh Pollock não conseguia arranjar emprego no mundo editorial.
Hugh tornou-se alcoólico e foi obrigado a declarar falência, no entanto a sua vida dá uma volta e ele volta a casar.
Kenneth, o seu segundo marido, morreu em 1967, deixando Enid profundamente triste. Nos meses seguintes Enid ficou bastante doente e foi internada num lar, onde morreu aos 71 anos, a 28 de Novembro de 1968, devido a complicações provocadas pela doença de Alzheimer.
“Green Hedges” foi vendida em 1971 e demolida em 1973. O terreno foi ocupado por casas e por uma rua chamada “Blyton Close”.

Na biografia da sua filha mais nova Imogen, Enid Blyton é apelidade de:
·         Arrogante;
·         Insegura;
·         Pretensiosa;
·         Muito hábil em esquecer assuntos delicados;
·         Sem instinto maternal.
Imogen também diz que, em criança, a temia, mas que em adulta sentia pena dela.
No entanto, a sua filha mais velha não partilhava da mesma opinião e disse que os momentos com a sua mãe tinham sido muito felizes.

Trabalhos mais conhecidos

·         “Noddy no Pais dos Brinquedos”;
·         “O Colégio das Quatro Torres”;
·         “Os Cinco” (21 livros, 1942-1963; 4 crianças e um cão);
·         “Os Sete” (15 livros 1949-1963; 7 crianças);
·         “As Gémeas”.

Outros Trabalhos

Enid também escrevia pequenos contos para revistas infantis, como a “Sunny Stories”, tendo, depois, uma revista com o seu nome, a “Enid Blyton’s Magazine”.
Teorias da conspiração dizem que um trabalho tão frutífero, é o resultado de escritores-fantasma, ou seja, alguém escrevia e Enid apenas assinava. Daqui vem a possível explicação para ter escrito tantas obras. Esta teoria é apoiada pelas pequenas discrepâncias nas histórias.

Assuntos abordados na história

·         1º Tipo

Ø  Crianças independentes que se encontram em situações extraordinárias;
Ø  Habitualmente, não existem adultos por perto;
Ø  Passam dias fora de casa a viver aventuras.
(“Os Cinco”; “Os Sete”)

·         2º Tipo

Ø  O dia-a-dia num colégio;
Ø  A interacção de diferentes tipos de personalidades…
(“As Gémeas”; “O Colégio das Quatro Torres”)

·         3º Tipo

Ø  O tipo fantástico: as personagens são levadas para um mundo mágico, com criaturas encantadas;
Ø  Os brinquedos ganham vida quando não existem humanos por perto.
(“Noddy no País dos Brinquedos”)

Estatísticas

·         Escreveu cerca de 800 obras, em 45 anos de carreira, publicando, em média, 16 obras por ano;
·         Rumores dizem que, a certo ponto da sua carreira, chegou a escrever 10000 palavras por dia;
·         As suas obras foram traduzidas em mais de 90 línguas diferentes;
·         Os seus livros venderam mais de 600 milhões de cópias;
·         “Os Cinco” vendem mais de um milhão de livros em cada ano;
·         Numa votação em 2008, Enid Blyton ficou à frente de nomes como Roald Dahl (escritor britânico que escreveu, entre outros, o livro que serviu de base para o filme “Charlie e a Fábrica de Chocolates” de Tim Burton), J. K. Rowling e Shakespeare;
·         Na década de 2000 ainda estava no top 10 dos livros mais vendidos.

O Banimento

Em 1950 e desde 1980, várias livrarias baniram das suas prateleiras as obras de Blyton. Várias razões são apontadas para estas atitudes:

·         Utilização de um vocabulário demasiado limitado;
·         Apresentação de uma visão demasiado boa do mundo;
·         O facto de a relação de Noddy com Orelhas era considerada muito suspeita;
·         O facto de Noddy ser um modelo de rapaz muito pobre, porque quando estava frustrado, chorava.

Apesar das críticas que os “crescidos” lhe faziam, Enid apenas queria saber daquilo que os seus leitores pequenos tinham a dizer. Dizia, frequentemente, que não aceitava críticas de pessoas com mais de 12 anos.

Curiosidades

Enid Blyton comprou o seu primeiro cão, pouco depois de 1926, este era um Fox Terrier de pelo macio, a quem ensinou vários truques. Podemos afirmar que o seu cão serviu de inspiração para a personagem “Tim” da colecção “Os Cinco”.

A sua primeira aventura publicada foi a busca de um tesouro perdido, por um grupo de 6 crianças.

A morada da sua casa, “Green Hedges”, foi tão popular durante o tempo em que Enid lá viveu, como a do Palácio de Buckingham ou o número 10 de Downing Street (a residência do Primeiro Ministro britânico.


Enid dizia-se uma autora de nascença e por isso não lhe custava criar diferentes e novas personagens.

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