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Abelhas - Rainha vs Operárias

As abelhas são insectos que vivem em grandes sociedades e que habitam o nosso planeta há mais de 40.000 anos, em harmonia com a natureza, onde são responsáveis pela polinização e através desta, pela perpetuação de muitas espécies vegetais, recebendo em troca o pólen (proteínas) e o néctar (carbonatos), das flores, para a sua alimentação. Os indivíduos que formam uma colónia de abelhas, não são todos iguais e desempenham diversas funções conforme sua natureza e idade. São divididos em três castas distintas: a rainha, os zangões e as operárias.
Toda colmeia só possui uma rainha, que é a mãe de todos os indivíduos e única fêmea fértil da família, sendo responsável pela união da mesma, graças a uma hormona, substância segredada por algumas glândulas do seu corpo, que inibe a ovulação das operárias. Quando uma rainha envelhece ou não é mais fértil, diminui a produção daquela substância, que não chega a todas as operárias, levando-as a escolherem alguns dos óvulos fertilizados postos pela rainha, aumentando o tamanho do alvéolo e alimentando as larvas somente com geleia real, transformando-as em futuras rainhas, que após fecundadas lutarão entre si e a sobrevivente vencedora será a nova rainha da colmeia, enquanto a mãe abandona a colmeia acompanhada de muitas operárias para criar uma nova família em algum lugar distante. Uma rainha jovem e sadia é capaz de por até 3.000 ovos por dia. Um fato curioso é que uma rainha pode por ovos fertilizados ou não, sendo que os primeiros darão origem a fêmeas (operárias ou rainhas) e os não fertilizados, darão origem a apenas machos (zangões). Isso é possível porque a rainha após o seu primeiro e único voo nupcial, em que é fecundada por mais de 10 zangões, que morrem após o acto sexual, guarda os espermatozóides durante toda a sua vida numa bolsa no interior do abdómen, utilizando-os para por ovos fecundados. Pode também por ovos não fecundados quando há necessidade de zangões na colmeia (época de fartura alimentar).
A função dos zangões é somente a reprodução e quando a época não é propícia e há carência de alimentação, as operárias expulsam-nos da colmeia levando-os a morrer de frio e fome. Como já foi dito antes, os zangões que conseguem fecundar a rainha morrem após o acto, pois os seus órgãos sexuais que em condições normais ficam no interior do abdómen, durante a relação são expostos e arrancados pela rainha, levando os insectos à morte por hemorragia. Apesar disso, há zangões que conseguem localizar uma rainha virgem num raio de 10 km, graças ao olfacto localizado nas suas antenas. Numa colmeia grande, em épocas de fartura de alimentos, existem cerca de 400 zangões.

A terceira casta existente numa colmeia é a das operárias, fêmeas estéreis, graças a uma alimentação não tão rica em proteínas como a geleia real, e a terem se desenvolvido em alvéolos menores que o da rainha, impedindo o pleno desenvolvimento do seu abdómen e com ele, dos seus ovários. Uma colmeia possui em média 40.000 operárias, que são responsáveis pelas várias actividades da família, de acordo com a sua idade: nos 3 primeiros dias limpam a colmeia, nos 10 dias seguintes, são responsáveis pela alimentação das larvas, graças à presença de glândulas, que amadurecem nesta época, e que permitem a transformação do mel e do pólen no interior do seu organismo e que após regurgitado serve de alimento. Também nessa época entram em funcionamento as glândulas hipofaringeas, situadas na cabeça e que produzem geleia real, alimento único da rainha por toda a vida e das larvas até o seu terceiro dia. Nos próximos 07 dias, as abelhas desenvolvem glândulas produtoras de cera, localizadas no abdómen e constroem os favos. Após os 21 dias de vida, as operárias colectam pólen, néctar, água e também resinas de certas árvores para fabricar o própolis. Em casos de extrema motivação, como na falta de uma rainha na colmeia por muitos dias, podem desenvolver pequenos ovários, começam a por ovos não fecundados, de maneira desordenada, que gerarão somente pequenos zangões, e a colmeia aos poucos se extingue, por falta de mão-de-obra e de alimento.

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